terça-feira, 1 de junho de 2010

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Revirando alguns papeis eu encontrei essa poesia que fiz a exatamente um ano atrás,nela eu conto um pouco de como foi os último ano de meu falecido avô como eu presenciei de perto seu sofrimento e estive presente na hora de sua morte achei por bem relatar isso em verso como c fosse o próprio. Espero que gostem


Lamentos de um ancião

Mocidade por que foste embora
Largando meu corpo que hoje cansado
Lamenta o presente lembrado o passado.
To feito um filhote que caio do ninho,
Ao invés de cantar só derramo pranto
Sou um peregrino que já andou tanto
E agora se encontra no fim do caminho.

Nas curvas do tempo minha vida virou
E o resultado de tal acidente
É uma matéria cansada e doente
Que viu alegrias virar desenganos,
Eu sou um vulcão que antes temido
Agora pra sempre vive adormecido
Sou o resultado da soma dos anos

Eu depois de velho volto a ser criança
Me colocam fralda, me dão de comida
Eu vivo porem não sei se a vida
Vivida assim se chama viver
Andar não consigo porque a idade
Fez nas minhas pernas uma atrocidade
Que só tem melhora quando eu falecer

Se eu vou comer não sinto o sabor
Se vou dormir me falta a vontade
Se vejo o presente me vem a saudade
Quebrado as porteiras do meu coração
Num estante eu volto ao passado
Me vejo correndo e lutando com gado
Coisas que só faço na imaginação

Me vejo na cama,levantar não posso
Pois me falta força,vigor e coragem
Que o tempo cruel com sua engrenagem
Fez o meu reinado com o tempo acabar
Eu hoje me encontro velhinho e sofrendo
E apesar de tudo eu sigo vivendo
Ate quando deus mandar me buscar

(Welton Melo)

3 comentários:

  1. olá poeta amigo, é com grande satisfação que mando um grande abraço, voçê está de parabéns pelo seu maravilhozo trabalho, leandro...

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  2. leandro de sobradinho,ba

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  3. a magia de suas linhas deixa meu coração emocionado, mais uma vez parabéns poeta...

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Quem sou eu

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Sou mais um que nesta terra de poetas não sei se sou Poeta ou Louco,mas depois de ter me banhado nesse rio de versos posso afirmar com toda certeza que nem todo louco é poeta mas que todo poeta é completamente louco; Loucura essa que o faz ver a vida com outros olhos. Dêem Viva o Verso! Visitem meu blog: vivaoverso.blogspot.com