quinta-feira, 4 de agosto de 2011

"se eu deixar a minha terra"


Sou feliz por ser filho do sertão
pela fé e um falar nordestinês
por crescer escutando Marinês
Marcolino,Aderaldo e Gonzagão
sou feliz pois enriba deste chão
vivi livre igualmente um passarinho
que regressa de tarde pra seu ninho
sem gaiola ou viveiro lhe prender
se eu deixar essa terra pode crer
que a saudade me mata no caminho


se o fantasma da seca e a privação
me botarem pra fora do nordeste
e eu partir obrigado pra o sudeste
a procura de emprego casa e pão
levarei por lembrança do sertão
um alforje de couro com meu pinho
que é pra quando eu sentir-me tão sozinho
o seu som acalmar o meu sofrer
se eu deixar essa terra pode crer
que a saudade me mata no caminho


se algum dia eu tiver que viajar
em destino das grandes capitais
até Deus vai ouvir os tristes “ais!”
de alguém que partiu mas quer voltar
na viagem terei que embriagar
essa dor que me toma de mansinho
e as lembranças serão com um espinho
aumentando inda mais meu padecer
se eu deixar essa terra pode crer
que a saudade me mata no caminho



Mote e glosa:Welton Melo

2 comentários:

  1. Lindaaa, vou decorar para declamar para meus amigos!

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  2. Parabéns meu amigo, eu já sabia que você é um poeta grande e com certeza quem ler suas poesias vai sempre encontrar algo que já vivenciou, ou se não vai vivenciar, que entre os quais são: Amor, saudade, sofrimento, a dor da perda e etc.


    Abraço do seu irmão e aluno Luis Flávio valeuuuu.

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Quem sou eu

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Sou mais um que nesta terra de poetas não sei se sou Poeta ou Louco,mas depois de ter me banhado nesse rio de versos posso afirmar com toda certeza que nem todo louco é poeta mas que todo poeta é completamente louco; Loucura essa que o faz ver a vida com outros olhos. Dêem Viva o Verso! Visitem meu blog: vivaoverso.blogspot.com